Os exercícios de fortalecimento muscular localizado são uma boa forma de prevenir lesões ao nível da coluna. No entanto, além de muitas vezes envolverem o recurso a um ginásio, assim como as despesas que isso acarreta, também requerem muita concentração e disciplina por parte do praticante, o que pode desmotivar muitos dos interessados nessa prática.
No entanto, o sedentarismo é das piores atitudes que alguém que padece de dores nas costas pode ter. É certo que durante crises agudas qualquer movimento possa ser muito difícil de efectuar mas, quando tal é diminuído a nível de dor e limitação, e consoante o diagnóstico e tratamento recomendados, devem realizar-se exercícios de fortalecimento após fisioterapia.
Obviamente que quanto mais limitações existirem maior deverá ser o acompanhamento profissional do caso. Se tal não for possível, devem realizar-se exercícios menos intensos e complexos, apesar da recuperação e evolução não ser tão rápida e notória.
Não existe um programa específico de fortalecimento muscular pois o mesmo está dependente do profissional que o prescreve, do tipo de lesão diagnosticada, do próprio doente e suas características. Cientificamente comprovam-se benefícios obtidos através de Pilates, treino funcional, exercícios de musculação, ioga e caminhadas, assim como muitos mais, havendo alívio de sintomas e melhorias da qualidade de vida.
Inicialmente, e previamente a qualquer exercício, deve realizar-se uma avaliação física minuciosa de forma a prescrever-se o melhor programa possível para a situação de cada doente, de forma a não agravar o risco de desenvolver as lesões já existentes ou de gerar novas. Deve salvaguardar-se também o nível de supervisão desejável para a realização desses exercícios. O objectivo geral desta prática é melhorar a aptidão física do indivíduo, melhorando a sua qualidade de vida em simultâneo e prevenindo o aparecimento de mais doenças que não só as relativas à coluna vertebral, como as que surgem por sedentarismo.
Os exercícios devem contemplar a flexibilidade, a capacidade aeróbia e a força muscular e, sempre que surjam crises agudas, dever-se-á proceder ao reajuste do treino ou mesmo à sua suspensão.
Os programas de treino devem também incluir exercícios de correcção aos movimentos disfuncionais e posturais, considerando sempre a capacidade física do doente para as diferentes componentes do treino e evitando exercícios que possam promover impactos indesejados na coluna. Não devem prolongar-se por um tempo excessivo e incluir sempre uma sessão de alongamentos e relaxamento muscular no início e final dos treinos.
No caso de se fazerem caminhadas devem evitar-se percursos com declive acentuado.
Ao realizarem-se exercícios em bicicleta deve ter-se atenção à curvatura das costas.